Clauwelivan Santana Rocha
Hipnose Médica

A hipnose médica (ou hipnoterapia) continua sendo um dos métodos terapêuticos mais controvertidos em Psiquiatria. Ela foi recebida com reservas, depois que recebeu críticas indevidas de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. Mas, voltou com força redobrada após a Segunda Guerra Mundial, tendo sido apoiada como um método válido pelas principais entidades médicas internacionais.


No Brasil, a hipnose passou também por um processo de séria descrença, por ter sido muitas vezes utilizada em palco, por pessoas não qualificadas medicamente, e tendo até mesmo causado prejuízos para as "cobaias" humanas assim utilizadas. Felizmente, seu uso fora do ambiente médico foi proibido por um decreto presidencial na década de 60.

Atualmente, a hipnose é reconhecida como um tipo de tratamento adequado para certos quadros psiquiatricos, e até mesmo como um método de valor para aumentar a resistência imunológica de pacientes, aumentando o nível de células brancas (leucócitos) responsáveis pela defesa do nosso organismo contra as doenças. Por esse motivo, tem sido muito utilizada na terapia da AIDS, pois parece ser o método que mais rapidamente altera a psicoimunologia dos pacientes (alteração do sistema imune através da psique).

A hipnose geralmente não é um tratamento em si. Os diferentes métodos terapêuticos usados pela psiquiatria podem ser realizados melhor e mais rapidamente com a sua ajuda. Uma de suas vantagens é reduzir o tempo de tratamento de um distúrbio mental.

É um dos tratamentos utilizados para:

tirar alguns sintomas de certas doenças mentais, como ansiedade;

reduzir o estresse; tratar traumas psicológicos quando sua causa é pouco relevante;

tratar medos (fobias), como medo do escuro; auxiliar o tratamento de alívio de dores crônicas, como na artrite, na dor provocada por tumores, etc.

A hipnose também é muito utilizada no tratamento de doenças psicossomáticas (por exemplo, úlceras de fundo nervoso), sendo um dos métodos que obtem resultados mais breves e eficientes.

Uma grande vantagem na hipnose é que, ao contrário do que a ficção muitas vezes retrata, ela não tem poder para alterar os valores éticos e morais do paciente. É um dos tratamentos mais sérios em Psiquiatria, e o seu código de ética internacional é um dos mais rigorosos da Medicina. É isenta de perigo, sendo totalmente segura quando controlada pelo médico.

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